[Projeto] 3 Fases da vida: Filme 2 – Adolescência

Chegamos à fase satânica que toda pessoa no mundo já passou ou ainda passará: a adolescência. Hormônios, vontades, paixões, burrices e chatices. Minha adolescência consistiu em ir atrás de uma banda que eu amava com todas as forças existentes no universo. Era apaixonadíssima por um dos integrantes até dizer chega (não preciso mencionar quem é! Ou preciso?). Pois bem, do alto dos meus 13 anos eu ficava tentando descrever aquela paixão avassaladora que eu sentia, o quanto eu o amava, o quando ele era a razão da minha existência e todos os outros termos exagerados que as adolescentes costumam usar.

Filme 2 – Adolescência: Confessions of a Teenage Drama Queen
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Em uma bela noite de sábado, eu estava perdida na madrugada insana de São Paulo (no sofá da minha sala comendo bolacha e tomando tódi enquanto assistia Disney Channel) e acabei conhecendo Confissões de uma Adolescente em Crise (Confessions of a Teenage Drama Queen), um filme que conta a história de uma garota estranha (check), que era muito fã de uma banda (check), que ficava falando deles o tempo inteiro (check), que ficava trancada no quarto escrevendo cartas pra eles (check), que tinha as paredes do quarto dela tomadas por posters da banda (check), que tinha uma mãe maluca que ficava mais maluca ainda toda vez que ela resolvia ir atrás da banda (check) e que era perdidamente apaixonada pelo vocalista da tal banda (check). A Mary, interpretada pela Lindsay Lohan, era exatamente da mesma forma que eu era.

A história do longa é resumidamente essa: Mary (ou Lola, como prefere ser chamada) é filha de pais separados e mora com a mãe e as irmãs (check), elas se mudam de New York para a fictícia Dellwood (New Jersey). Na escola nova, Lola conhece Ella Gerard, que se torna sua melhor amiga por motivos de: as duas coincidentemente amavam perdidamente a tal banda.

Em um determinado dia, Lola, que estava quietinha em seu quarto sendo fã da banda e amando o Stu Wolf (vocalista), é acometida pela noticia de que a banda iria acabar, mas antes disso haveria um show de despedida em Nova York. Ela se desespera e mostra verdadeiramente o que é uma adolescente dramática. Junto de sua melhor amiga Ella, as duas decidem ir para a maior metrópole do mundo a fim de assistir ao show deles e se despedirem.

11481487E assim como tudo nessa vida, as coisas deram errado para elas (check). Elas perdem os ingressos, não entram no show e acabam se perdendo pela cidade. Seria um desastre, como já aconteceu comigo muitíssimas vezes em alguns shows que fui da minha banda preferida, mas por algum acaso do destino, elas encontram Stu Wolf na sarjeta, perto de um local onde estava acontecendo uma festa de despedida deles. Ou seja, o jogo virou naquele momento.

É exatamente nesse momento que Lola conhece quem é Stu Wolf. Em uma conversa com ele, ela vê quem é realmente aquele cara, não sendo apenas o vocalista de uma banda. Ela acaba conhecendo problemas, seus defeitos, suas qualidades, seus medos e tudo aquilo que ela não enxergava enquanto fã. Já que dentro de seu quarto, ficava empregando qualidades nele que ela mal sabia se realmente existia: “O Stu é uma pessoa maravilhosa, e atenciosa, e perfeita, compõe as melhores canções, é um ser humanamente elevado e blablablabla”. (check).

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Essa é uma das cenas mais emocionantes, pois eu sabia muito bem o que é estar cara a cara com uma pessoa que você ama sem nunca ter conhecido. O coração acelerado, a boca seca, o nervosismo, a tremedeira, as pernas moles, as borboletas no estômago, a vontade de falar tudo e um pouco mais… Tudo de mais cafona acontece em um corpo adolescente nesse momento. Eu entendia muito bem o que ela estava sentindo. E entendi ainda mais quando ela se deu conta de que ele não era aquele cara perfeito e incrível que ela idealizava dentro de seu quarto, admirando suas fotos e cantando suas musicas.

Ele era um cara comum, com defeitos comuns e problemas comuns. Ela soube aceitar isso, da mesma forma que aceitei aqui na vida real também, quando descobri quem era o cara que eu amava. (check). A melhor parte disso tudo é que após ela descobrir quem o cara realmente era, ela passou a gostar ainda mais dele (check). E no final, ele foi um lindão com ela, como o cara daqui também foi diversas vezes comigo! :’)

É um filme voltado pra adolescentes ou adultas nostálgicas que já passaram por isso. É a história cômica de uma crise de uma adolescente e seus dramas. Eu amo a Lola, porque sei que a única intenção dela com o cara é ser fã, é amar, é gostar e fazer de tudo por ele sem querer nada em troca. É apenas amor… Ela não era groupie, embora eu não tenha nada contra elas (menos quando elas querem ser groupies com o Meu Stu Wolf da Vila Real – o tatuadão velho que você já sabe muito bem quem é).

Fez muito sentido pra mim naquele momento em que eu era uma e sinto saudades de ter aquele sentimento bom e psicopata por alguém que simplesmente admiramos. Eu me identifiquei em todos os aspectos possíveis: a adolescente dramática, a banda de rock, as ~inimigas~ insuportáveis que conseguem ver a banda mil vezes na vida e gostam de mostrar pra todo mundo (a ~inimiga~ na trama é interpretada por Megan Fox), tudo dando errado, a paixão pelo cara, a decepção de saber que o cara era comum, a aceitação disso, a trilha sonora do filme, os cenários (que consistiam na escola e no quarto da garota) e tudo tudo tudo. Saudade!

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[RESENHA] A Busca (2012)

 


O drama, dirigido por Luciano Moura, conta a história de dois pais que estão prestes a se separar, e do filho deles que, depois de presenciar tanta briga dos dois, adota um cavalo e foge de casa.
O pai, Theo Gadelha, vivido por Wagner Fucking Moura põe o pé na estrada a fim de encontrar seu filho, e é nessa viagem cheia de dificuldades que ele se encontra consigo mesmo.


Wagner MEUoura
A Busca lida muito bem com os temas de separação, adolescência e paternidade. O filme mostra de uma maneira muito bonita a forma como o pai vai atrás de seu filho perdido. Nesse caminho que Theo precisa percorrer para encontrar o garoto, é notável as inúmeras dificuldades que ele enfrenta para achar seu filho. Cada obstaculo que ele precisa enfrentar para achar o menino é essencial para compreendermos o final da película: o garoto estava mais próximo do pai do que ele pensava estar.

Nos entregando um drama familiar muito comum e intenso, é possível ver logo de cara que a atuação dos atores (mais precisamente da mãe e do filho) são fracas e forçadas num esteriótipo de família da classe alta com seus problemas existenciais. Isso me incomodou no começo, mas depois de um tempo acabei me acostumando, pois a história me intrigou e o foco passou a ser o Theo! 

A atuação do Wagner Moura é sempre impecável. Eu fico embasbaca de ver o quanto ele se entrega em todos os papeis que faz, mesmo nos filmes mais fracos que não exigem >tanto< de um ator. É muito corpo e alma e paixão pelo o que faz. Dá pra perceber o quanto ele se envolve com o personagem e é por esse e por outros motivos que ele está no topo da minha lista de melhores atores do universo!

Apesar de não ter aceitado tão bem o final, pois senti que faltou algo, pude compreender que o roteiro foi adaptado de forma que o espectador entenda aquele desfecho da maneira que bem quiser 

Apesar disso, esse filme possui um ritmo bacana, que te deixa com vontade de saber onde diabos o menino se escondeu, te prendendo a atenção. E não só isso: ele também te deixa contemplativo com todas as relações que você tem na vida (isso aconteceu comigo!). Você torce muito para que o pai encontre o filho no fina, entrando totalmente na trama e no mistério. Gosto de valorizar os filmes nacionais que não tratam somente de favelas ou comédias de domingo. Wagner sempre Wagner! 

TRAILER OFICIAL

Gênero: Drama, Aventura | País: Brasil | Duração: 1h30min | Elenco: Wagner Moura, Lima Duarte e Mariana Lima | Direção: Luciano Moura
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